Atraso que sai caro

A boa fase para a construção civil nos contratos para os Jogos Olímpicos teve um contratempo durante a execução de algumas obras. As construtoras foram pegas por uma grande crise econômica – vivida atualmente no Brasil – e o despreparo para administrar e confeccionar bons orçamentos.

Algumas dessas empresas alegaram estar passando por dificuldades financeiras para concluir as obras, o que levou o governo a intervir nos contratos.

Planejamento Preliminar

Um dos problemas que dificultam a finalização dos projetos é recorrente e está na fase inicial da obra, no Estudo Preliminar. Essa etapa analisa todos os processos dentro de uma obra e a viabilidade do projeto. Nesse estudo são consideradas verbas, escopo, prazos e local de execução, além de outros fatores que determinam a eficiência na construção.

Como todo bom resultado começa em um bom planejamento.  Além do reajuste nos valores de produtos e suas diferenças regionais, o principal erro está em fechar contratos sem conhecer previamente todo o escopo do projeto. Na maioria das vezes esses contratos não tem projetos executivos no momento da sua efetivação causando assim aditivos atrás de aditivos durante todo o processo que o torna uma “caixinha de surpresas”.

No caso do Brasil, decorrente da crise econômica que atinge não só as empresas mas também o estado, além do controle sobre a gestão das obras públicas terem aumentado em função da escassez de verbas, os preços de alguns materiais subiram. Logo os mesmos aditivos que eram relativamente normais dentro desses projetos passaram a ser uma pedra no sapato de quem os pleitam atualmente, gerando assim um jogo de empurra culminando em atrasos e dificuldades econômicas dos projetos.

Efeito Dominó

Além dos fatores citados acima, os profissionais que gerenciam os projetos têm fundamental importância para uma conclusão eficaz do projeto. O engajamento da equipe em antecipar problemas e suas respectivas soluções é fundamental para essa eficácia, e para isso é necessária uma equipe qualificada. Os fornecedores também podem alterar os prazos para o projeto. Algumas empresas têm problemas com o atraso para entrega de materiais, que culmina em um “efeito dominó” em todas as etapas do processo. Buscar empresas de confiança pode evitar esse tipo de problema.

Para administrar os prazos, o uso de tecnologias pode evitar muita dor de cabeça e em muitas vezes diminuem o custo de produção. Porém, seu uso requer uma mão de obra qualificada, que tenha conhecimento técnico. De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), aproximadamente 80% das empresas do setor pretendem comprar tecnologias até 2020. A falta de mão de obra qualificada faz com que 38% dessas empresas sintam obstáculos para investir nessas tecnologias.

Por fim, erros em comunicação podem fazer com que os prazos não consigam ser cumpridos no tempo desejado. Empresas de construção civil costumam colocar os prazos na agenda, mas na hora de cumprir sentem essas dificuldades por falta de um melhor planejamento preliminar.

No caso das Olimpíadas no Rio de Janeiro, o não cumprimento dos prazos fez com que duas empresas tivessem os contratos rescindidos. Porém, as punições para os atrasos podem significar em multas, indenizações e a perda de credibilidade da marca na engenharia.

Categorias:
ControleGerenciamento

Recentes da categoria:

Recomendados para você:

Nenhum resultado encontrado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha esse campo
Preencha esse campo
Digite um endereço de e-mail válido.
Você precisa concordar com os termos para prosseguir

Mais de 1 mil gestores de obras recebem nossos conteúdos todos os meses!

[yikes-mailchimp form=”1″ submit=”Começar a receber”]