Um estudo de viabilidade, independentemente da natureza ou do porte do empreendimento, é requisito obrigatório de negócio.
O estudo de viabilidade é ferramenta fundamental do planejamento, pois reúne todas as variáveis do negócio e fornece os indicadores para que as decisões sejam tomadas.
Quais são essas variáveis?
Dentro de um estudo de viabilidade são levados em conta três aspectos: técnico, financeiro e econômico.
Chega-se a todas essas variáveis através de um único elemento, que é o escopo do projeto. O escopo nada mais é que aquilo que se deseja realizar.
Dispensável falar sobre isso com profissionais de engenharia, que estão afeitos, em sua rotina profissional, a elaborar os estudos a partir de um sonho inicial, uma visão.
Estudo Técnico
Cada projeto tem sua variável técnica distinta. O desenvolvimento de um software de gestão, por exemplo, é um projeto complexo, que envolve um levantamento profundo de todas as necessidades da empresa em termos de otimização de processos, postos de trabalho envolvido e geração de informações, além dos insumos tecnológicos necessários para o desenvolvimento.
No caso do estudo técnico de viabilidade de uma obra é dispensável o aprofundamento do assunto. Deve-se levar em consideração fatores como condições do solo, a inserção do empreendimento no entorno, as restrições geotécnicas e ambientais, as regras de uso, zoneamento e ocupação, entre outros.
A abordagem técnica é o primeiro passo do estudo de viabilidade do projeto. É a partir dela que se seguirão os demais passos. Caberá ao corpo de engenheiros dizer se o escopo do projeto pode ser executado.
Estudo Financeiro
O estudo da viabilidade financeira vai se valer de muitas informações do estudo técnico, como o tamanho da equipe, os profissionais necessários, o prazo de conclusão x investimento, o custo total estimado de material e horas/homem.
Em resumo, a viabilidade financeira é o custo calculado do projeto em mais de uma condição de prazo e volume de investimento. Para que o projeto seja viável financeiramente é preciso que a capacidade de investimento dos envolvidos no empreendimento esteja à altura de, pelo menos, uma dessas projeções.
É importante ressaltar que, de um modo geral, quanto maior a capacidade de investimento, menor tende a ser o prazo de conclusão.
Estudo Econômico
A última variável é a econômica. Parte-se do princípio que toda obra tem uma finalidade e que essa finalidade está relacionada a lucro.
Pode ser também que se trate de uma obra pública, com financiamento governamental. Uma ponte, por exemplo. Nesse caso, que é o mais simples, a empresa precisa calcular o retorno sobre o investimento. Se vai investir X, tem que receber X + Y. O projeto deve ser comparado com outros, de modo a saber qual será priorizado e qual será abandonado. É preciso cruzar, nesse caso, os indicadores de viabilidade técnica, financeira e econômica.
Em casos mais complexos, como a construção de um condomínio empresarial ou um shopping, o estudo de viabilidade econômica é mais complexo, e vai abordar o potencial anual de receitas e despesas, com base numa série de informações mercadológicas.
O objetivo final é saber se o projeto é viável economicamente, qual seja se o investimento será recuperado através da operação, em quanto tempo isso vai acontecer e qual o potencial de receitas e lucros para os anos subsequentes.
Para ficar mais claro, a empresa pensa em construir em dois anos. A partir da inauguração, pretende recuperar o investimento em oito anos. Isso significa que ao final de dez anos a soma do investimento inicial + despesas, seja igual ou inferior ao somatório das receitas.